Técnico exalta atuação do Corinthians em empate no Brasileirão e manda recado para críticos; confira
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Por Pedro Mairton, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
Fagner em ação contra o Fortaleza
Danilo Fernandes / Meu Timão
O técnico António Oliveira exaltou a atuação do Corinthians no empate sem gols contra o Fortaleza na noite deste sábado, na Neo Química Arena, pela quinta rodada do Brasileirão. O Timão pressionou o oponente ao longo dos 90 minutos e parou no goleiro João Ricardo, que operou nove defesas no jogo, sendo cinco em finalizações dentro da grande área.
“Foi um grande jogo da minha equipe. Quando o goleiro adversário é eleito o melhor em campo, acho que diz muito daquilo que foi o jogo”, disse António Oliveira, que também acredita que o Corinthians continuou superior ao Fortaleza no segundo tempo.
“Em relação ao segundo tempo, quem pressiona e está sempre em cima do adversário e ele está tendo uma profundidade de plantel muito grande, acabamos, mesmo na segunda parte, sendo superiores. Evidente que o jogo chegou a ficar perigoso, conseguiram situações, o Carlos (Miguel) fez uma grande defesa, talvez a única, mas na segunda parte acabamos tendo as melhores oportunidades do jogo”, afirmou o técnico em entrevista coletiva após a partida.
O comandante corinthiano fez a primeira alteração no intervalo, quando tirou Gustavo Silva para colocar Matheuzinho de ponta-direita. Na segunda metade da etapa final, ele move o lateral-direito para a posição de origem ao sacar Fagner de campo, além de também substituir Raniele, Romero e Breno Bidon por Giovane, Fausto Vera, Pedro Raul e Paulinho. Ele explicou a demora nas substituições.
“Minha primeira substituição, tirando a do Matheus (França), (ocorreu) aos 25, 30 minutos. E mais: não sou obrigado a mexer na equipe. A ansiedade que as pessoas têm em mexer, eu não sou obrigado a mexer. Se os jogadores já estão adaptados ao jogo e sentimos que a estratégia está sendo cumprida por eles, por que mexer? Fiz as mudanças apenas por desgaste. Se eu tivesse mais talvez tivesse criado mais, porque a intensidade que colocamos no jogo é difícil manter por 90 minutos. Portanto, estou muito orgulhoso deles, já falei pra eles, fizeram um grande jogo, a equipe jogou muito bem dentro daquilo que é a proposta que temos”, explicou o técnico.
Com o empate, o Corinthians tropeçou pela quarta vez em cinco jogos disputados no Brasileirão. O Timão figura na 12ª colocação provisória, com cinco pontos somados, a dois de distância do Vasco, primeira equipe no Z4. António Oliveira elogiou os adversários nesta sequência de maus resultados no campeonato e apontou qual partida foi um ponto fora da curva no trabalho dele.
“Não podemos esquecer que temos uma equipe que se conhece há pouco tempo e tem um treinador novo, jogamos contra equipe campeã da Libertadores (Fluminense), hoje a finalista da Sul-Americana (Fortaleza), na primeira rodada contra o Atlético-MG, que tem os maiores investimentos, o próprio Bragantino. Aquilo que destoa foi o resultado do Juventude, isso todos sabemos. Não estou falando que foi um amasso, mas foi muito perto”, justificou o técnico.
Recado para críticos
António Oliveira ainda aproveitou a coletiva de imprensa para mandar um recado para os críticos. A atuação do Corinthians foi criticada na vitória fora de casa sobre o América-RN, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, e o técnico cobrou ‘honestidade’ nas análises.
“No último jogo falou-se que o Carlos foi o melhor em campo, em sufoco. Quer dizer, como é possível ser sufoco se uma equipe teve 70% de posse e a outra 30%? Não consigo entender. Dez minutos entra em campo, arremata duas vezes e o pessoal fica encantado. Depois o adversário só no final do primeiro tempo fizeram arremates e o Carlos fez grandes defesas. Temos que ser muito mais honestos nas nossas críticas, análises. Me expliquem por que a equipe jogou bem ou jogou mal? Isso é uma análise mais criteriosa. Temos que ser honestos nas análises, não tem vitórias morais, mas minha equipe fez um grande jogo”, falou.
